Homem usou carrinho para levar peças, que pesam mais de 150 kg cada.
Elas foram achadas e devem ser reinstaladas esta semana, diz Guarda Civil.
Dois dos cinco dedos da escultura Os Dedos De Deus, instalada na Praça Universitária, de Goiânia, foram furtados nesta semana. As peças, que são feitas de bronze e pesam mais de 150 kg cada uma, foram encontradas na manhã desta quarta-feira (27). Elas estão guardadas na Biblioteca Marieta Telles Machado.
Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), uma das peças foi achada ainda na Praça Universitária. A outra estava um bueiro perto da ponte da Avenida 10, que passa sobre a Marginal Botafogo, no Setor Universitário.
Subcomandante da GCM, Valdimir Passos contou ao G1 que um homem cometeu o furto, na noite de segunda-feira (25), usando uma espécie de carrinho de mão.
“Vimos pelas câmeras que existem no local que uma pessoa, à noite, pegou um dos dedos, levou e depois pegou o outro. Eles já estavam soltos. Já identificamos o autor e estamos atrás dele”, afirmou.
Ainda conforme Passos, funcionários da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) localizaram as peças e acionaram a equipe da GCM, que levou os dedos para a recepção da biblioteca, onde estão guardados.
O subcomandante adiantou que o patrulhamento já foi intensificado na Praça Universitária.
A Secretaria Municipal de Cultura (Secult) disse que a escultura foi feita pelo artista Hélio Miranda e instalada na Praça Universitária em 2000, quando foi criado o Museu a Céu Aberto no local. Outras esculturas também ficam na praça em exposição permanente.
A Secult também informou que já pediu para que os dedos sejam reinstalados no local correto. A Comurg deve realizar o trabalho que, segundo a assessoria de imprensa do órgão, deve ser feito ainda esta semana.
Susto
Alguns frequentadores da Praça Universitária contaram que acharam estranho passar pelo local e não ver os dedos. “Tem muito vandalismo aqui nessa praça. O que passou na cabeça dessa pessoa? Acho que é vandalismo puro. Se tivesse mais policiamento e fosse melhor iluminado, as pessoas pensariam duas vezes antes de fazer essas coisas”, disse a estudante de engenharia civil Glaucia Carneiro, de 26 anos.
A também estudante de engenharia Civil Maykelly Alves Carneiro, de 22 anos, ficou intrigada sobre como o autor conseguiu retirar as peças do lugar. “Assustei, achei muito estranho. Não sei de que forma alguém conseguiu fazer isso. Fico imaginando o que a pessoa ia fazer com isso. É patrimônio da cidade ninguém tem mexer”, reclamou.
O estudante de biblioteconomia e funcionário da Biblioteca Municipal Ernesto de Sousa, de 27 anos, afirmou que gostaria de ver segurança reforçada no local.
“A princípio, me espantei, mas já tentaram furtar outra escultura daqui. Trabalho na Biblioteca e já fomos assaltados quatro vezes esse ano. Não temos nenhum computador funcionando. Até nossa geladeira e nosso fogão já foram levados”, contou.