“Estou bem!”, gritou o jovem russo quando seus companheiros retiravam com a ajuda de pás os últimos resquícios de terra que cobriam o caixão, trabalho que foi dificultado pela neve e o intenso frio reinante.

Logo após sair, Gabar reconheceu que, tirando uma pequena dor de cabeça, estava perfeito, embora tenha confessado que, após completar 12 horas fechado, foi difícil psicologicamente.

Após ser aclamdo pelos presentes e abraçado por sua mãe, que o esperava à beira do buraco de um metro de profundidade, tomou um copo de conhaque para celebrar a façanha.

“Isto não pode ser comparado com nada que fiz antes. De novo, insisto que este experimento não deve ser repetido, seja com preparação ou sem”, comentou.

Gabar disse que os respiradouros funcionaram perfeitamente, embora durante a noite, apesar da caixa estar condicionada e metalizada em seu interior, sentiu frio.

O blogueiro, que queria pôr a toda prova sua resistência física e psicológica, apareceu na transmissão ao vivo no caixão vestindo um casaco de neve, uma blusa de gola alta e um gorro e com um telefone celular na mão.

Pelo o que foi possível ver na gravação ao vivo, o blogueiro mostrada a todo o momento uma atitude corajosa para seus seguidores e não deu nunca sinais de sufoco ou nervosismo.

Consciente do perigo que corria, Gabar assumiu totalmente a responsabilidade de seus atos.

Durante as 24 horas de enterro, além de se comunicar com outros blogueiros e usuários da rede, conversou com jornalistas, médicos e psicólogos.

O blogueiro cavou o próprio o buraco e fabricou com ajuda de seus amigos o caixão com tábuas de madeira que comprou um armazém de móveis.

“Os ataúdes frequentes não me serviam, já que não são fabricados para respirar dentro”, explicou Gabar antes de confeccionar um caixão de dois metros de comprimento e sessenta centímetros de largura.