Polêmica da Abin: especialista em antiterrorismo critica busca por "padrões" de suspeitos

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Após polêmica publicação de imagem na rede social Facebook que caracteriza como suspeitos de terrorismo pessoas que “utilizam roupas, mochilas e bolsas destoantes das circustâncias e do clima”, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) publicou nota onde tentou esclarecer o objetivo da publicação. A postagem solicitava que as pessoas denunciassem outras que tivessem essa característica a agentes de segurança mais próximo ou por e-mail.  “O uso de roupas inadequadas ao clima ou o nervosismo extremo de um cidadão não consistem, isoladamente, em motivo para suspeita”, explica a nota.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Abin, a peça que gerou polêmica é a segunda de uma campanha iniciada em 29 de junho realizada pelo Ministério da Defesa voltado para a segurança dos Jogos Olímpicos. 

A assessoria explica que essas características aliadas a outros elementos podem, de fato, representar alerta para as forças de segurança. “A iniciativa visa orientar, de forma contínua, todas as camadas da sociedade para que a população sinta-se encorajada a contribuir com os órgãos de segurança na prevenção de ações terroristas”, diz outro trecho da nota. 

“Terroristas tentam se misturar com as pessoas”

Na visão de Marcus Reis, especialista em estudos de antiterrorismo, a Abin tentou alertar os brasileiros a ficarem atentos à quebra de padrões em lugares públicos. Contudo, Reis reforça que diferentes pesquisas mostram que os padrões definididos de possíveis terroristas estão “furados”. No caso do temperamento, por exemplo, o especialista lembra que terroristas suícidas já assumiram a morte e não se mostram nervosos. 

“Da mesma forma, não tem essa de que pobre sem estudo é o terrorista. Um cara bem formado também pode cometer  atentado. Além disso, os terroristas, hoje em dia, tentam se misturar ao máximo”, afirma. 

Segundo Reis, em outros países como os Estados Unidos é comum  essa preocupação por condutas que fujam ao padrão como o caso de vestir uma blusa de frio, o que não ocorre no Brasil. “É muito complicado. Uma pessoa com casaco pode estar armada ou gripada, com frio. Se não, uma mulher com burca que chega a um aeroporto do interior do país vai acabar denunciada pela diferença de seus trajes”. compara. 

Ironia na rede

A postagem na página da Abin no Facebook contava com quase 9 mil compartilhamentos e 2 mil comentários até às 19h40. Apesar do grande número de interações, a maioria do comentários ironizava a publicação.

Entre elas, a internauta Márcia de Andrade critica o atraso do Brasil em relação à experiência da França, onde estuda. Para a universitária, “o terrorista que se preza tem a aparência que ele quiser”.

Já João Marcelo Metz criticou a comparação feita pela peça, aplicando a mesma lógica para outros cenários

Na postagem da nota, Tatti Maede considera que a descrição feita e “absurdamente genérica” e rebate a tentativa da Abin de defender a postagem

A Abin explica que as forças de segurança estão recebendo capacitação para a segurança dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e que  “cabe ‘as forças e aos profissionais de segurança local avaliarem, a partir das informações repassadas pela população, se há motivo para alerta e adoção de medidas preventivas”. 

Já Gleydson Vieira considera que o trabalho do Ministério da Defesa, Justiça e Abin tem sido relevante para os voluntários da Amazônia que participarão dos jogos. 

Confira a nota completa da Abin no link acima.

 

 

 

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