Joanna Birriel visitava ex-capitão do Exército, condenado a 20 anos de prisão.
BUENOS AIRES — A modelo argentina Joanna Birriel foi assassinada nesta terça-feira numa prisão de máxima segurança da Guatemala durante um ataque que, segundo informações divulgadas pela imprensa argentina, teria sido organizado por um poderoso narcotraficante para acertar contas com grupos adversários. Outras 12 pessoas também morreram. Joanna, de acordo com meios de comunicação da Argentina e da Guatemala, estava visitando Byron Lima, também falecido, um capitão reformado do Exército guatemalteco conhecido como “Rei das Prisões”, que fora condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do bispo Juan Gerardi.
Várias versões que estão circulando nos dois países indicam que Joanna, que tinha 24 anos, estava tendo um romance com Lima. Outras 12 pessoas também morreram durante os violentos incidentes.
O ministro do Interior do governo guatemalteco, Francisco Rivas, informou que a briga entre dois grupos rivais começou com o lançamento de uma granada ao lugar onde estava Lima. O ataque teria sido organizado pelo narcotraficante Marvín Montiel Marín, conhecido como “O Tanqueiro”, que cumpre pena de 820 anos de prisão pelo assassinato de 16 turistas.
O ministro confirmou, ainda, que nos últimos tempos Joanna visitava Lima uma vez por mês.
— Não temos informação sobre o que (a jovem argentina) estava fazendo — declarou Rivas.
Outras informações divulgadas pela mídia guatemalteca indicam que Joanna, formada em Gestão Ambiental, trabalhava para empresas de Lima. O capitão reformado era considerado um dos homens mais poderosos da Guatemala, chefe de uma verdadeira rede que opera dentro e fora das prisões do país.
O ataque, que envolveu pelo menos 25 detentos, aconteceu quando pelo menos 125 pessoas, entre elas crianças e mulheres grávidas, visitavam familiares na prisão. Os visitantes foram isolados em uma operação que contou coma participação de mil agente, entre eles policiais e guardas militares.