Baterias do avião sofreram aquecimento de origem desconhecida.
Após o incidente os Boeing 787 estão proibidos de voar.
As oito células da bateria de íons de lítio do Boeing 787 da companhia aérea japonesa All Nipon Airways (ANA), vítima de um grave incidente em janeiro, foram danificadas por um aquecimento cuja causa é desconhecida, informaram nesta terça-feira (5) as autoridades japonesas.
“Todas as células mostram danos particularmente importantes”, indicou o escritório japonês de segurança aérea. A temperatura aumentou sem parar, mas a origem desta anomalia ainda é desconhecida, acrescentou a fonte.
‘A bateria foi destruída em um processo chamado de aceleração térmica, no qual o calor se torna incontrolável’, declarou um funcionário da agência de segurança de transporte aéreo (JTSB).
As fotos publicadas pelo JTSB também mostram que o fio terra conectado à caixa para evitar os problemas de eletricidade estática se rompeu por razões desconhecidas.
“Isto significa que o fio sofreu níveis incomuns de corrente elétrica, o que nunca teria ocorrido em um funcionamento normal”, declarou um investigador.
No dia 16 de janeiro, o acumulador de íons de lítio principal de um Boeing 787 da ANA se aqueceu, provocando um forte cheiro de queimado. A avaria desencadeou três alarmes na cabine do avião, razão pela qual os pilotos realizaram um pouso de emergência em Takamatsu, sul do Japão.
Um incidente similar ocorreu uma semana antes em um avião da Japan Airlines em Boston, nos Estados Unidos. Após o incidente com o avião da ANA, as autoridades aéreas de Japão, Estados Unidos e de outros países proibiram os Boeing 787 de voar até que sejam esclarecidas as causas do problema e se garanta o funcionamento seguro das baterias.
A Boeing pediu aval da Federal Aviation Authority, regulador norte-americano de aviação, para testes de voo com o modelo 787 Dreamliner, sugerindo que a empresa está progredindo na busca de uma solução dos problemas com baterias que levaram ao cancelamento dos voos.