Fila para tratamento da obesidade no SUS aumenta em Rondônia; saiba como solicitar atendimento

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Até o momento, 494 pacientes deram entrada no procedimento. Pessoas acima de 16 anos podem solicitar atendimento para a obesidade na Policlínica Oswaldo Cruz (POC). Policlínica Oswaldo Cruz em Porto Velho
Tiago Frota/Rede Amazônica
A fila para o tratamento de obesidade através do Sistema Único de Saúde em Rondônia aumentou em relação aos anos anteriores, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).
Até o momento, 494 pacientes deram entrada no procedimento e mais de 600 pessoas seguem em acompanhamento na rede pública. Em 2023, a Secretaria de Saúde registrou 319 atendimentos.
Pacientes acima de 16 anos podem solicitar tratamento para a obesidade na Policlínica Oswaldo Cruz (POC). De acordo com o coordenador da POC, Wanderlei Ruffalo, o processo segue as diretrizes indicadas pelo Ministério da Saúde.
“Esses pacientes que tem o IMC de 30 a 40 e alguma comorbidade associada a esse processo de obesidade são admitidos no serviço. E os que tem IMC acima de 40 que um caso de obesidade que agente chama de grau 3 independente de ter ou não comorbidade eles são admitidos no serviço”, disse.
Segundo Wanderlei, os pacientes são acolhidos por uma equipe de multiprofissionais para o tratamento e quando é necessário, eles são encaminhados para a cirurgia bariátrica.
“O plano é adaptado para cada um deles, se ele conseguir atingir as metas estabelecidas, muitas vezes não vão precisar de cirurgias. Porque só com acompanhamento psicológico ou o médico endócrino, consegue eliminar bastante peso e não é necessário encaminhar para a cirurgia”, ressaltou.
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Mudança de vida
Luciana Nascimento chegou aos 163 kg e enfrentou várias dificuldades com o sobrepeso. Após desenvolver diabetes, a servidora pública resolveu iniciar o tratamento de obesidade.
“Quando eu descobri a minha [diabete] eu estava com 879, ela foi descoberta através de um exame de sangue em jejum. A médica falou: você não sente nada? eu falei não, eu podia morrer a qualquer momento”, informou.
Luciana do Nascimento
Edson Gabriel/Rede Amazônica
Luciana precisou fazer a cirurgia bariátrica para minimizar os impactos da doença. Agora, quase um mês depois, ela já sente os efeitos positivos da operação.
“Eu fui informada pelos meus médicos que eu sairia da insulina que minha diabete acabaria. Só de sair da insulina e não ser furada 3 vezes ao dia para mim é uma glória do Senhor”, ressaltou.
Com 138 kg, a Kesia Geizebell também decidiu realizar o tratamento de obesidade, após observar que o problema estava atrapalhando até nas atividades do dia a dia. Ao procurar ajuda médica, a dona de casa foi diagnosticada com obesidade mórbida de terceiro grau.
“Eu tenho dificuldade em muitas coisas que uma pessoa normal hoje não tem, não consigo me abaixar tomar um banho, então estou procurando uma vida melhor para mim eu quero trabalhar, caminhar normal que hoje eu não caminho”, disse.
Kesia Geizebell
Edson Gabriel/Rede Amazônica
Após passar por vários exames, Kesia aguarda na fila pela cirurgia bariátrica. Segundo ela, o processo não foi nada fácil, mas agora está prestes a realizar um sonho.
“Eu fui no postinho e chegando lá o médico perguntou se eu queria fazer esse tratamento, eu falei que sim, que sempre tive esse sonho. Eu vim do Nordeste, lá eu entrei no programa mas tive que vir morar aqui”, ressaltou,
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