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Governistas reagem ao pedido de prisão de Ramagem: “Fujão” e “covarde”

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Depois do pedido de prisão preventiva do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), feito nesta 6ª feira (21.nov.2025) pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), governistas reagiram no X (antigo Twitter). A ordem foi determinada após a confirmação de que o congressista deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos, descumprindo decisão judicial.

Ramagem já cumpria medidas impostas pelo STF após ter sido condenado a mais de 16 anos de prisão por participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro e por chefiar a chamada “Abin paralela”, estrutura usada para monitoramento ilegal de adversários políticos. A decisão de Moraes também abre caminho para que o nome do deputado seja incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permitiria sua prisão no exterior e posterior extradição ao Brasil.

Ao Poder360, a assessoria de Ramagem disse que “como a decisão do deputado de se ausentar do país só foi comunicada à defesa técnica nesta semana, seu advogado não se manifestará, por ora, sobre o fato e seus desdobramento”.

Reações governistas

O ministro da Secretaria-Geral, Guilherme Boulos (Psol-SP) citou Ramagem entre bolsonaristas que, segundo ele, deixaram o Brasil para evitar a Justiça. Também mencionou Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ambos fora do país. “Além de traidores, são covardes”, escreveu. Ele ainda insinuou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também teria deixado o país caso não estivesse em prisão domiciliar.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, declarou ter protocolado, ainda na 5ª feira (20.nov.2025), o pedido de prisão preventiva ao STF, atendido por Moraes após a confirmação da fuga. Ele também enviou requerimento à Polícia Federal solicitando a inclusão do nome de Ramagem na Difusão Vermelha da Interpol, para permitir sua detenção no exterior.

“Quem atentou contra a democracia e fugiu será localizado e preso”, escreveu.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que a fuga de Ramagem se soma a outros episódios envolvendo aliados de Jair Bolsonaro. Para ela, o comportamento demonstra “como age a extrema-direita”. A petista defendeu a inclusão do nome do deputado na lista de procurados da Interpol e declarou que “a democracia exige prestação de contas — não asas para escapar”.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) também comentou a decisão, dizendo que Moraes decretou a prisão depois que Ramagem “resolveu dar uma voltinha nos EUA”. Ele lembrou que o deputado estava proibido de viajar e já havia sido condenado pelo STF.

A deputada Erika Hilton (Psol-SP) disse que o pedido de prisão foi feito por parlamentares do Psol e que Ramagem está “escondido nos EUA”, assim como Eduardo Bolsonaro. Defendeu o bloqueio completo de bens, salários e verba parlamentar do deputado, além de pressionar para que a Câmara não mantenha mandato de parlamentares foragidos. “O que eles merecem agora é a prisão no Brasil ou a miséria no exterior”, afirmou.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que a prisão decretada por Moraes evidencia “a profundidade da trama golpista” da qual Ramagem participou. Para ela, o episódio reforça que não há “blindagem” a quem ameaça o Estado Democrático de Direito. Feghali destacou que o deputado usou “estrutura do Estado para perseguir adversários”.

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