Idoso preso por engano terá de provar inocência na Justiça, em GO.

APOSENTADO

O idoso de 69 anos que foi preso suspeito de ter falsificado um documento para a compra de uma fazenda no estado do Mato Grosso terá de provar na Justiça que não cometeu o crime. No início deste mês, o aposentado foi detido na cidade de Cumari, no sudeste de Goiás e liberado em seguida. Porém, o idoso garante que nunca esteve no Mato Grosso. “Nem meu estado eu conheço direito. No Mato Grosso eu nunca pensei em ir lá”, diz o aposentado.

Em casa, Messias Graciano da Silva se recupera de tudo que passou durante a semana. Os parentes e amigos fazem questão de apoiar o aposentado e ajudá-lo a retomar a vida normal.

O aposentado explica que há alguns anos recebeu uma intimação para prestar esclarecimentos à Justiça sobre este crime, mas acabou não atendendo ao chamado porque pensou que o engano seria resolvido. Mas um juiz de Mato Grosso expediu um mandado de prisão contra o aposentado. No documento o número do CPF do verdadeiro suspeito não é o mesmo do aposentado. Mesmo assim, a ordem judicial foi cumprida e alegando inocência, ele foi levado para a cadeia.

“Veio uma intimação para mim, mas eu pensei eu era coisa a toa eu não tinha conhecimento com a lei e agora veio essa prisão”, relata o idoso.

De acordo com o documento da Polícia Federal, Messias foi preso porque teria sido confundido com outra pessoa. Segundo o documento, outro Messias do Paraná alterou o próprio nome em 1998. Com a mudança, os dois Messias passaram a ser homônimos, ou seja, a terem o mesmo nome.

Na declaração, a mudança no nome de Messias Gonçalves da Silva para Messias Graciano da Silva. O documento mostra ainda que este homem é o responsável pela compra de uma fazenda. Segundo o advogado que acompanha o caso, ele pode ser o verdadeiro culpado pelo crime. Agora, eles vão tentar provar a inocência do aposentado.

“Vamos juntar documentos e provar que ele nunca saiu aqui do município e provar que ele é inocente”, diz o advogado Jales Abrão.

A família espera que o caso seja esclarecido o quanto antes. Para eles, a prisão do aposentado foi um grande erro. “Queremos que a Justiça veja o erro que ela está cometendo em não averiguar o documento direito e não pesquisar a vida de quem ela está prendendo. A Justiça devia agir um pouco mais com sigilo e não achar que é e chegar e prender”, ressalta a filha do aposentado Cláudia da Silva.

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