Pintor brasileiro acusa site da China de vender quadros falsificados.

quadroO pintor brasileiro Washington Luiz da Costa Maguetas, de Taquaritinga (SP), acusa um site da China de vender cópias de seus quadros por valores bem abaixo dos originais. Trabalhos com estilo impressionista de até R$ 19 mil, segundo o artista plástico de 70 anos, foram plagiados e oferecidos por menos de US$ 55 – aproximadamente R$ 140.

Com mais de 50 anos de carreira e quadros expostos em pinacotecas de todo o mundo, Maguetas alega ter descoberto a fraude enquanto pesquisava menções às suas obras na internet. “Quando abri a imagem vi um dos meus quadros com logotipo chinês em cima. Embaixo o nome da firma em inglês. Havia quase 20 quadros meus todos nessa situação”, afirmou Maguetas.

Segundo ele, os originais dos quadros encontrados no site asiático  já tinham sido vendidos anteriormente por valores bem acima do que estava sendo oferecido pela empresa. Além de ilegal, de acordo com o artista, a prática é prejudicial às suas finanças e prejudica sua imagem diante do público que consome arte. “Financeiramente traz problemas porque se um cliente meu vê uma obra que custa R$ 5 mil sendo vendida por US$ 20 vai estranhar”, disse.

Maguetas registrou boletim de ocorrência e analisa como processar os responsáveis pelo portal. “Vou tentar, apesar de não saber se isso vai funcionar muito. Mas a China tem uma lei nova que proíbe pessoas de fazer cópias de outros pintores vivos”, disse.

Evidências
Dono de uma galeria de arte em Fortaleza (CE) e comprador dos quadros originais de Maguetas, Sávio Queiroz confirma ter provas que poderão ser apresentadas à Justiça sobre o plágio, como reproduções das páginas do site e nomes dos responsáveis. “O servidor deles é em Las Vegas [EUA]. Se houver alguma ação de direito internacional certamente Maguetas vai ganhar”, afirmou.

'Damas em Giverny' foi uma das obras de Maguetas que teriam sido copiadas e vendidas por site chinês (Foto: Alexandre Sá / EPTV)‘Damas em Giverny’ é uma das obras que teriam
sido copiadas e vendidas por site chinês
(Foto: Alexandre Sá / EPTV)

As evidências foram obtidas depois que ele, a pedido do artista do interior de São Paulo, adquiriu no portal chinês uma réplica de “Dama em Giverny” por US$ 55 que foram debitados em seu cartão de crédito pelo sistema PayPal. “Ele [Maguetas] não estava conseguindo comprar pela cidade dele, porque descobriram que era a cidade do pintor”.

Segundo Queiroz, as reproduções dos quadros de Maguetas podem ter sido feitas com base em livros ou mesmo ilustrações disponíveis no site do pintor de Taquaritinga. “A reprodução é péssima, mas a pessoa que fez tem certa noção de arte”. Maguetas, segundo ele, não é a primeira vítima das fraudes. “Estão lá ganhando dinheiro às custas de pintores brasileiros, americanos, europeus, e fazendo isso de forma enlouquecedora

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