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União Brasil dá 24h para filiados deixarem governo Lula

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O União Brasil determinou nesta 5ª feira (18.set.2025) que todos os filiados com cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devem deixar suas posições em até 24 horas. O partido declarou que os integrantes que não cumprirem a decisão poderão enfrentar processo de expulsão.

Com isso, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA) deve deixar o cargo. Ele e outros filiados têm apenas um dia para apresentar seus pedidos de demissão, conforme a nova exigência partidária. Leia a íntegra (PDF – 596 kB).

“Todos os filiados do União Brasil […] requeiram a sua imediata exoneração dos cargos públicos de livre nomeação e exoneração e/ou funções de confiança eventualmente ocupados no âmbito da Administração Pública Federal Direta (ministérios) ou Indireta (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista)”, afirma.

Conforme a resolução assinada pelo presidente Antonio de Rueda, a decisão foi tomada “considerando a necessidade de preservar a independência partidária e a coerência política do União Brasil”. O documento afirma que a medida visa a “garantir o alinhamento das ações dos filiados com as diretrizes partidárias”.

A resolução entra em vigor na mesma data de sua publicação e determina que os filiados que não cumprirem a determinação estarão sujeitos a sanções disciplinares depois de processo interno partidário.

Qualquer integrante do União Brasil poderá relatar casos de descumprimento para aplicação das providências cabíveis.

SAÍDA DO GOVERNO LULA

A Federação União Progressista, que reúne o União Brasil e o PP, determinou que todos os seus filiados deixem cargos no governo no início de setembro, mas não havia exatidão de até quando poderiam se dar as renúncias.

O Poder360 apurou que a federação, oficializada em 19 de agosto, decidiu pela saída da base do Planalto. A federação representa uma força significativa no Congresso Nacional, com 109 deputados e 14 senadores, além de controlar quatro ministérios no governo federal.

Na época, o Poder360 apurou que existe desconforto entre os ministros Sabino e Fufuca. Eles consideram haver tratamento desigual quanto aos cargos ocupados pelos partidos no primeiro escalão do governo. Na visão dos ministros, se as siglas pretendem deixar o Executivo, deveriam também abrir mão de outras posições estratégicas.

Outro ponto sensível envolvia as indicações da “cota pessoal” do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), como o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Na avaliação do governo, não há motivo para obrigar o ministro a sair do cargo com a saída dos partidos da base de apoio.

Sabino e Fufuca demonstraram resistência em serem os únicos a deixar seus cargos. Embora administrem orçamentos entre os menores da Esplanada, a visibilidade proporcionada pelos ministérios é considerada importante para suas carreiras políticas no Pará e no Maranhão, respectivamente. Politicamente, o custo de abandonar esses cargos é menor que em estatais, por exemplo.

Celso Sabino tem participado ativamente das negociações relacionadas às obras de infraestrutura para a COP30, evento que acontecerá em Belém em novembro. Conforme apuração do Poder360, mesmo fora do governo, Sabino participaria do evento como congressista paraense, mas preferiria fazê-lo na condição de ministro.


Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Isabella Luciano sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.

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